É possível fazer teologia totalmente nova?

<<É quase impossível fazer-se teologia, como se isso nunca tivesse sido feito antes. Há sempre a atitude de se olhar para trás, para ver como as coisas foram feitas no passado e quais as respostas que foram dadas. Parte da nossa <<tradição>> está na disposição de levar a sério a herança teológica do passado [...] Logo, é de grande importância o leitor se familiarizar com o passado cristão, que fornece pontos de referência vitais para o debate atual [...] Todos os principais ramos da igreja cristã - incluindo as igrejas anglicana, ortodoxa oriental, luterana, reformada e católica romana - consideram o período patrístico como um marco decisivo na evolução da doutrina cristã. Cada uma dessas igrejas se considera como uma continuação, uma extensão e, naquilo que for necessário, uma crítica às visões dos escritores da igreja primitiva. Por exemplo, Lancelot Andrewes (155-1626), importante escritor anglicano do século XVII, afirmou que o cristianismo ortodoxo baseava-se em dois testamentos, três credos, quatro evangelhos e nos cinco primeiros séculos de história cristã>>.

 // McGrath, Alister E., Teologia Sistemática, histórica e filosófica: uma introdução a teologia cristã [tradução: Marisa k. A. de Siqueira Lopes]. São Paulo. Shedd Publicações, 2005.